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JOÃO ADEUS?

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Clique aqui para assistir à reportagem do PEDRO BIAL e responda: na sua opinião, o JOÃO DE DEUS é culpado ou inocente? E com base no que você diz isso? Se você vem pensando como a maioria das pessoas, então ele é culpado e você está se baseando em argumentos como esses: Se existe um número grande de mulheres acusando o João de Deus, então deve ser verdade. Se a pessoa está sofrendo com a exposição na mídia, então deve ser verdade. Se as histórias dos abusos, contadas por pessoas diferentes, são muito parecidas, então deve ser verdade. Se foi falado por um jornalista conceituado, então é verdade. No dia seguinte à exibição da matéria na TV, as pessoas já começaram a se posicionar: FONTE: globoplay.globo.com/v/7218662/ Mas, sendo racional, essas conclusões não parecem prematuras? Enfim, há algum erro de lógica nesses argumentos? Ou não? O SER HUMANO NÃO É UM ROBÔ  Se você fosse um computador ao invés de um ser humano, ou seja, se você fosse completamente

O FASCÍNIO PELO BOLSONARO

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O recém eleito JAIR BOLSONARO , durante a sua campanha, atraiu tanto apoiadores quanto opositores. Um lado o amava e outro o odiava, e ambos fizeram isso apaixonadamente. O fato é que, bem ou mal, todos só falavam nele. Quando um fenômeno assim acontece com um produto, as áreas de Propaganda e Marketing dizem que a marca é Fascinante. A FASCINAÇÃO é um estado mental que muda o funcionamento do nosso cérebro e, se você já se perguntou se o TRANSE HIPNÓTICO * acontece no dia-a-dia, a resposta é: SIM! Quer ver como isso acontece na Política? Em primeiro lugar, o que é a Fascinação? Hoje em dia, somos expostos a um excesso de informações e de escolhas. As pessoas estão mais hiperativas e com menos capacidade de atenção do que em qualquer outra época da nossa História. Desenvolvemos, inclusive, a habilidade de filtrar as informações e a de ignorar mensagens. Neste cenário, não somos atraídos pelas opções mais lógicas, mas pelas mais fascinantes. Em um livro de Marketing muito inter

Saia do balde que lá vem o chute (Jair Bolsonaro)

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O candidato JAIR BOLSONARO discursou pelo celular, neste final-de-semana, para grupos de apoiadores em todo o Brasil. Hoje, blogs e jornais estão opinando e, pelo que tenho lido, estão fazendo-o de forma emocional, sob o efeito da fala dele. Leia aqui um dos motivos: (assista ao video e leia a transcrição completa em  Folha de São Paulo ) O PROBLEMA Qualquer boa narrativa começa com uma definição do contexto: local, época e quem são os personagens. Um discurso eficiente começa da mesma maneira. Quando o contexto não é bem definido, a pessoa que escuta irá criar, por conta própria, as informações que faltam. Por isso, se você pretende atacar alguém com o seu discurso, é bom esclarecer, o quanto antes, quem é o seu alvo! Faça isso ou poderá atingir a pessoa errada. O Bolsonaro começa com: "Perderam ontem, perderam em 2016 e vão perder na semana que vem de novo." "Essa turma, se quiser ficar aqui, vai ter que se colocar sob a lei de todos nós. Ou vão pra f

não VOTE NELE (Haddad atacando ou ajudando Bolsonaro?)

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O uso da palavra "NÃO" pode ser traiçoeiro e a frase final do programa eleitoral da TV do candidato Fernando HADDAD , no qual ele ataca o seu concorrente, o candidato Jair BOLSONARO , é um bom exemplo: O QUE FOI MOSTRADO O PROBLEMA Como um exercício, leia e pense na seguinte frase:  NÃO PENSE NUM ELEFANTE VERMELHO No que você pensou? Muito provavelmente, em um elefante vermelho, não é verdade? Vamos refletir um pouco sobre isso... na sua vida pessoal, quando você tenta não pensar em algo, o que você faz e que dá certo? A maioria das pessoas dirá que a única maneira para não se pensar em algo é pensar em outra coisa. E isso funciona muito bem. Por exemplo, para não pensar em um problema, eu assisto um filme interessante. Por isso, ao invés de dizer "não pense num elefante vermelho", eu teria mais sucesso se dissesse "pense em uma tela em branco". Para ser eficiente quando der uma sugestão, diga o que deve ser feito e não o que deve ser ev

MAS é um detalhe que faz muita diferença! (Jair Bolsonaro)

O candidato  JAIR BOLSONARO fez seu  pronunciamento após o resultado do primeiro turno das eleições e cometeu um erro básico que muitas pessoas cometem. Na tentativa de corrigir um problema, outro foi criado. A FALA DO CANDIDATO "(...) Afinal de contas, resta-nos apenas dois caminhos: o da prosperidade, o da liberdade, o da família, o de estar ao lado de Deus, ao lado daqueles que tem religião  e dos que não têm religião também mas são responsáveis e, por outro lado, sobra-nos o caminho da Venezuela." O PROBLEMA Minha análise aqui é voltada à parte grifada "e dos que não têm religião também mas são responsáveis". Essa frase causa a impressão de que o Bolsonaro não considera que as pessoas sem religião sejam responsáveis, no geral. Ou que ele considera que ter religião faz alguém ser, necessariamente, responsável. De qualquer maneira, estas duas interpretações podem soar como ofensivas aos ouvidos dos que não têm religião. ANÁLISE Em primeiro lugar, v

Ao ataque! (Geraldo Alckmin)

Imagine que você seja um candidato que quer atrair os apoiadores do seu opositor ou, melhor dizendo, quer que os eleitores do seu concorrente mudem de lado e votem em você. Só que a eleição é em um semana e, por isso, estratégias lentas não seriam eficazes: foi decidido, assim, que seja feito um ataque frontal e agressivo. A questão nesse momento é, então, como fazer esse ataque . Este é um assunto que pode ser bastante delicado e complicado e, por isso, muito interessante de ser analisado Novamente, analiso uma parte do programa eleitoral do candidato à presidência da República GERALDO ALCKMIN (clique no link para assistir) pois ele está vivendo a situação que descrevi acima. Será que ele está tomando todos os cuidados necessários? O QUE FAZER? Um discurso falado/ouvido é diferente de um texto escrito. Um texto escrito permite que o leitor releia o conteúdo, volte ao parágrafo anterior, pense com calma e analise tudo antes de dizer que entendeu o texto. Em um texto falad

Apimentando Geraldo Alckmin

Analisando esse programa eleitoral em particular, do candidato GERALDO ALCKMIN , consigo observar vários pontos que tornariam o argumento do candidato bem mais persuasivo, contundente e eficiente. Não vou escrever agora sobre todos pois prefiro me ater a um ponto bastante simples, que é uma falha muito comum que todos cometemos.  O QUE FOI DITO Após uma história comovente sobre a crise na Venezuela (assista ao vídeo completo no link acima ), que termina mostrando que o ex-Presidente LULA e o deputado JAIR BOLSONARO  apoiaram em algum momento o venezuelano HUGO CHÁVEZ , o candidato Geraldo Alckmin aparece em cena e diz: " Talvez esse seja um dos momentos mais delicados da nossa Democracia. O risco de o Brasil se tornar uma nova Venezuela é real, a partir dos extremismos que estão colocados nessa eleição. Por um lado, o extremismo de um deputado que já mostrou simpatia por ditadores como Pinochet e Hugo Chávez, que já defendeu o uso da tortura, que acha normal que mu